Capela das Templárias
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| Portal da Capela das Templárias |
A Capela das Templárias é local de culto das Templárias. Erguido em pleno coração da Herdade das Templárias, obra da mobilização espontânea da Ordem, o pequeno templo materializa uma atividade histórica. A capelinha, situada num complexo afecto ao culto identificado por fortificações estratégicas, é amparada pela graça ondulosa da paisagem e a riqueza arbórea exuberante. Trata-se de um complexo de acesso restrito. Se por um lado nasceu da vontade de salvaguardar a reserva litúrgica, depois de construído este local tem vindo a assumir uma personalidade que está muito além daquele que o seu início previa. Os transtornos encetados pelos incêndios de 2016 e outros fenómenos criminosos praticados na região centro de Portugal em 2017, determinaram um novo sentido ao complexo afecto aos costumes das Templárias. Em 2018, estas infraestruturas, banhadas pela magia gótica e o aveludado da vegetação, passaram a sediar as celebrações anuais de Janeiro, inclusive. O remanso generoso e a vegetação circundante moldam este imperturbável espaço com ares de paraíso perdido, permanentemente vigiado.
O monumento e a paisagem constituem também aqui um binómio inseparável. De realçar ainda um espaço medular encantador e misterioso que permite ouvir o silêncio, escutar a paz e experimentar o magnetismo da Natureza, longe de ruídos e de confusões que hoje enxameiam por quase todo o mundo urbano. Foram certamente os extraordinários recursos naturais e a privilegiada situação geográfica que desde muito cedo atraíram e fixaram as Templárias nestas paragens. Em contrapartida, hoje, após a longa caminhada até esta encantatória capela, compreende-se que, em áreas de muita guerra, até os templos podem ser fortalezas.
Na Herdade das Templárias, situada na zona mais setentrional da bacia hidrográfica de Castelo de Bode, a paisagem verdejante - sabiamente humanizada - transforma-se a cada passo como quem acompanha, ali mesmo à mão de semear, a diversidade que Deus criou. Por mais que mudem os tempos, permanece o lídimo, nobre e ímpar como o mandamento que fez viver.
